A importância da nanotecnologia para o esporte

Alexander Hiroshi Kasama, engenheiro de materiais e pesquisador da Petrobras na área de nanotecnologia, definiu em uma frase o campo do conhecimento que, cada vez mais, tem se tornado presente em diversas situações do nosso dia a dia: “A nanotecnologia nada mais é do que o invisível melhorando o real”. 

A nanotecnologia tem potencial para realizar muitas proezas esportivas: fazer bolas de tênis durarem mais, produzir mais potência em tacos de golfe e tacos de hóquei, criar um maiô mais hidrodinâmico e reduzir o peso de um quadro de bicicleta o suficiente para que ele seja inacreditavelmente leve.

Para Kasama, melhorar o real, tem o sentido de aumentar o desempenho de determinado objeto, seja ele qual for. “Quando falamos de “roupas inteligentes”, por exemplo, geralmente estamos nos referindo a peças que, de alguma forma, contaram com a nanotecnologia em seu desenvolvimento”, explica. 

E o que isso significa? Um universo repleto de aplicações. 

Em linhas gerais, a nanotecnologia pode ser entendida como a capacidade de manipular materiais em uma escala tão reduzida que, nela, as distâncias são medidas em bilionésimos de metro. Cada uma dessas unidades é chamada de nanômetro, e são necessárias dezenas de milhares deles para que seja possível atingir a espessura de um único fio de cabelo. Só para se ter uma ideia, uma nanoestrutura (uma estrutura em escala nanométrica) pode ser milhares de vezes menor que um glóbulo sanguíneo! 

Essas inovações já estão sendo aplicadas no esporte. Na natação, por exemplo, essa tecnologia ajuda a reduzir o atrito dos atletas com a água e, ao mesmo tempo, proporcionar um maior nível de conforto. No tênis, as raquetes estão sendo construídas à base de nanomateriais, tornando-se assim, cada vez mais leves e precisas nas rebatidas. 

Contudo, existem matérias que quando entram em contato com os corpos dos atletas, não apenas auxiliam para um aumento de desempenho, mas também trazem benefícios durante o período de recuperação após os exercícios e provas. Atualmente, já existem tecidos que avaliam as condições dos esportistas e oferecem percepções valiosas para que os treinamentos sejam direcionados de forma mais efetiva. 

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