Você já parou para pensar em como funciona o processamento da linguagem na cabeça de quem fala dois ou mais idiomas? Pois saiba que as aulas de inglês fazem muito mais pelo seu cérebro do que você imagina! Se não sentiu a diferença, alguns pesquisadores da Universidade da Basileia, na Suíça, podem ajudar a esclarecer com um estudo realizado que explica as diferenças neurais entre o uso da língua materna e das demais línguas, e de que forma a idade em que se aprende outros idiomas afeta o cérebro.
No início das pesquisas em neurolinguística, a maioria das afirmações apostavam que a primeira linguagem de uma pessoa era processada de forma diferente do segundo idioma aprendido. Isso porque se acreditava que a língua materna, por ser adquirida naturalmente, se diferenciava de todas as outras aprendidas na escola. Entretanto, com os avanços dessa tese, já temos a confirmação de que na verdade todas as línguas usam um sistema neural único. Ou seja, usamos as mesmas áreas do cérebro para processar tanto o primeiro quanto o segundo idioma aprendido. A diferença está no grau de ativação dessas áreas e a carga cognitiva exigidas para que sejam ativadas.
No começo da infância estamos biologicamente dispostos a reconhecer e adquirir o sistema linguístico que se faz presente no ambiente ao nosso redor. É um desenvolvimento que acontece de forma gradativa e paralela ao desenvolvimento do córtex cerebral, área responsável pelos nossos pensamentos, memória, raciocínio, linguagem, entre outras. Para a criança que tem contato com duas ou mais línguas durante a infância, mesmo que de forma básica, o cérebro consegue processar e adquirir ambos idiomas da mesma maneira, tornando mais fácil para acomodar outras línguas aprendidas no futuro durante a vida adulta.
“Aprender um novo idioma somente depois de adulto pode ser cansativo, mas não é impossível”, afirma Denis Sá, cofundador da Enjoy Inglês Profissionalizante e do Instituto Enjoy. “O cérebro humano é uma máquina fantástica capaz de aprender novas habilidades todos os dias, e aprender uma língua estrangeira é só mais uma daquelas que o torna mais forte e saudável”, conclui.
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