Você se lembra daquelas aulas sobre o teorema de Pitágoras na escola? Pois bem, e se eu te contar que o Teorema de Pitágoras não é a única descoberta brilhante que o pensador atribuiu à humanidade? Diz a lenda que passando por uma oficina de ferreiro, Pitágoras parou e analisou os diferentes sons produzidos pelos martelos. A partir daí, percebeu que as medidas dos sons podiam ser manifestadas em valores numéricos e em proporções geométricas. Quer tornar essa equação poética? Pitágoras desvendou que a música instrumental terrena é uma imagem da música das esferas divinas.
O matemático costumava dizer que a música era o melhor meio para lavarmos a alma. A ele é atribuído a descoberta das leis dos intervalos musicais regulares, e teve como ponto de partida a assimilação de que cordas mais curtas soltavam sons mais agudos. Ao estudar as relações entre os comprimentos das cordas da lira, descobriu que a frequência da vibração de uma corda é proporcional ao seu comprimento. Pronto! Assim ficou estabelecida a primeira teoria matemática da música.
Como um bom filósofo e pensador, Pitágoras afirmava que a música e todas as harmonias e proporções geométricas existentes na natureza podem ser retratadas por relações simples entre números inteiros. Sendo assim, da mesma forma que a corda da lira produz sons harmônicos de acordo com seu comprimento, os moldes geométricos do mundo também geram suas próprias melodias. Novamente: quer tornar essa equação poética? Para Pitágoras, a música seria a expressão da harmonia da natureza e de suas manifestações.
Agora quando você escutar sua música favorita e se sentir bem, ou chorar com aquela música triste, lembre-se de que talvez, no final de tudo, nós somos apenas um grande complexo de cordas soantes e harmônicas, semelhante àquelas de Pitágoras, reagindo de forma vibratória a tudo o que existe.